15 de ago. de 2008

movimento dos barcos



(já que não te encontro pelas vias desse jardim, senão pelos braços e mãos no corredor, na sala, na cozinha, na cama ao meu lado a ouvir uma música bonita da regina ou do meu irmão, já que seu tempo agora é amoroso, fluido, o tempo mais bonito que se tem - eu então resolvo somente fazer-te palavras de quase primavera. ainda é inverno, mas não para ti. quanto a mim, acho que ando na estação certa, há uma calma de folhas caídas. encontrei essa fotografia, estava eu sentada diante do tejo e o barco lembrou-me o homem que eu amava. precisei fotografá-lo de forma urgente porque logo ele estaria longe. e então o horizonte ficou torto. achei que ele era mesmo torto. as coisas são o que vemos delas. e só isso. que o movimento dos teus barcos seja mais leve agora, e que as tempestades todas sejam o teu mar amoroso.)

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