15 de jul. de 2008

uma carta



minha flor, 

os dias têm corrido num tempo outro. já não sei o que desejar de todas as coisas. e pergunto-me cadê você que há tanto não passa por aqui. sei que seu tempo anda curto, e as noites cheias de palavras vindas da tv. as minhas noites, ainda tento encontrá-las, perdida em mim que estou. a noite sou eu. hoje estive muito agitada enquanto dormia, lembro-me de revirar tudo que estava sobre mim num gesto bruto, brusco, de quem precisa desistir de alguma cosia. pois desisti. e assim tenho levado lentamente essa vida de marinheiro que escolhi pra mim. não sei qual o próximo porto e o que vou lá fazer. mas em certos momentos sinto vivo em mim um motivo qualquer para ir embora.

tenho imensa saudade.

sua,


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