22 de set. de 2008

a ruína do gato selvagem









Eu andava por alguma ruína quando ele apareceu. Me olhava. Me olhava e me seguiu. Me chamava. Me chamava até que eu me virei, o vi e o deixei. Quis que ele fosse embora e depois eu quis levá-lo para casa, para mais perto mim. Mas tive que deixá-lo ali, nas ruínas, até que ele fosse caminhando para a minha casa. Ele ainda estava imerso nas ruínas, abrigado pelo abandono de outra palavra amor que não a minha. Ele virá mais perto, quando outro abrigo para essa palavra for construído por nós.

(manoel ensaiou construir uma ruína e me ensinou o altar das palavras)

3 comentários:

Anônimo disse...

os desertos se dissolveram?

Anônimo disse...

sim. era preciso começar algo novo.

Anônimo disse...

ah, o bom e velho novo...